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terça-feira, 7 de junho de 2016

Sobre cenas de grandes amigos


Dizem que todos nós, não importa quando, teremos o nosso próprio apocalipse. Quem estará do seu lado quando vier o seu?
Eu sinto demais. Por tudo.
Todos os filmes/livros/séries tem sempre dois ou três personagens muito amigos que fazem tudo juntos, riem das piadas internas, se suportam nos momentos difíceis e torcem um pelos outros. Talvez seja mais uma das mentiras que a mídia colocou nas nossas cabeças para que nos sintamos mais sozinhos.
Marshall e Ted, o pessoal de friends, Harry Potter e os outros dois bruxos que agora esqueci o nome, até Alexander Supertramp descobriu que se não se tem ninguém para compartilhar, a felicidade não faz sentido.  Muitos se separam, brigam, mas são sempre ''a pessoa'' a se recorrer quando a vida escurece. E se caí ou perde o rumo.
Eu não me conformo quando dizem que amizades se afastam quando o colégio termina e cada um tem que correr atrás do salário ou dos pontos na faculdade.
Eu quero me sentir mil vezes mais especial do que me sinto. Eu quero poder ser eu mesma sem me preocupar em ferir ou ficar com vergonha por ter ferido. Eu quero alguém que sente comigo e diga que não foi legal quando errei e não que grite e depois se afaste de mim.
Eu quero não me sentir sozinha.
Eu sinto falta da figura humana do melhor amigo. E não de um monte de amigos que cumprem cada um seu papel. As vezes em encontros mensais para dizer como vai a vida.
Se você não tem uma melhor amiga, procure. Se tem, divida comigo.
É se doar mais e não esperar tanto do outro. É ser como gostaria que fossem contigo. É tentar não perder a fé nos outros quando você fica 3 dias doente e ninguém procura saber.
Hoje, a vida pede de mim calma e eu só quero ser mimada e pedir as pessoas que gosto para que parem suas vidas e venham aqui passar uma tarde bebendo alguma coisa barata e comendo brigadeiro, como quando a gente tinha certeza que cada um ia ser para sempre na vida do outro.
Aonde foi que nos perdemos?

4 comentários:

  1. Acompanho seu blog desde que você tinha 17 anos, logo que terminei meu namoro, mas continuei o amando por mais 2 longo anos seguintes. Aqui eu encontrava tudo o que sentia. Depois as postagens param de ser frequentes, e eu fui me interessando por outras coisas também, coisas da faculdade... também deixei um pouco pra trás meu lado "sonhadora, boba, apaixonada"... Acho que é normal ficarmos mais duras e realistas com o passar do tempo, acumulando em nossas bagagens tantos desastres, frustrações e decepções amorosas, não é mesmo?
    Tantos anos depois, voltei aqui... e mais uma vez me vi nos seus textos. Este, especialmente, pois penso no que você escreveu todos os dias! Concordo plenamente com tudo o que você expressou, e me veio na cabeça uma frase que guardo como ouro em mim "se você não está perdendo amigos, você não está amadurecendo". Infelizmente, faz parte da vida deixar alguns para trás, assim como também nos deixam! Felizes os que tem um melhor amigo da vida inteira e não um que só cumpre seu papel de amigo. Te entendo!
    Obrigada por compartilhar seus textos com nós! Parece até que te conheço! Você é uma fofa!
    Um beijo.

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    1. Oi Alessandra, desculpa por quase uma ano de demora para responder. Eu realmente abandonei o blog, coisa da qual não me orgulho. Foi muito importante ler o que você escreveu, muito obrigada pelo carinho. Espero que nós duas encontremos amigos maravilhosos durante a vida.

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  2. Que surpresa um relato desse! Confesso que quando eu acompanhava seu blog sempre pensava: como a gente não se encontra por aí e não somos amigas? rs Acho que todo mundo passa por isso quando se identifica com um autor, ne?

    Essa questão das grandes amizades sempre passou por minha cabeça também, até pq nunca fui de "galera", não sei bem porque mas nunca participei de grandes grupos. Hoje, morando há pouco mais de 4 anos no Rio, essas questões falam ainda mais alto...

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    1. Amadurecer custa, não é?
      Mas ainda é tempo para sermos amigas.
      É como eu digo, se não tem uma grande amiga, encontre, pode ser que tenhamos nos encontrado.

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Se você tem medo do amor, você tem coragem do quê ?

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