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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Eu



Mudei de planos no começo do caminho. Confiei mais na potência do sorriso. Ouvi um conselho de mãe. Briguei quando achei que foi preciso. E deixei pra lá... take your time. Vou aprendendo agradecer (e reconhecer) meus bons e poucos amigos de verdade. Deixando a vida ser como é.
Realizei o grande sonho de passar numa universidade federal, deitei todos os outros dias questionando se quero seguir no curso.
Chorei de angústia e medo por ver quem eu amo sofrendo, mesmo tão ingênuo e puro. Aprendi o que é ''carga familiar''.
Expandi a mente. Deixei pra lá.
Escolhi o amor e a paz de estar protegida. Não me boicotei.
Digo ''eu te amo'' todos os dias pra minha mãe, mesmo quando ela diz que sou muito pegajosa.
Fiz o que pude pelos meus.
Pintei o cabelo de preto e gostei. Mas depois me arrependi.
Penso todos os dias em fazer uma outra tatuagem. Consegui um emprego legalzinho e só de fim de semana.
Acho que quero trocar de curso e sei pra qual.
Aceitei que tem gente que vira lembrança e a gente não pode fazer nada.
Meu peso pela primeira vez na vida, me incomodou de verdade.
Só fui duas vezes na terapia. Mas não pirei muito. Encarei tantos, tantos, tantos medos.
Dei beijos numa pessoa só e todos os dias aprendo que posso viver todos os dias da vida com ele.
Apaguei esse texto algumas vezes porque acho que ninguém ia querer ler. Mas de umas duas semanas pra cá, todos os dias, mesmo sem eu publicar nada, algumas pessoas curtem o blog e acho desperdício não falar com tantas novas orelhas dispostas a ouvir.
Para quem chega agora, essa sou eu nesse instante. Todos os textos para trás são partes bonitas e aprendizados que levo da minha história. Sou medo e coragem, sou filha que protege mas precisa de cuidados. Pela primeira consigo ver um futuro real ao lado de alguém e por vezes, me assusto.
Já tenho 21 anos e morro de medo disso. Parece que ontem eu tinha 15. Já me peguei dizendo ''como era fácil quando eu era jovem''.
Passei pela adolescência com medos infundados e poderia me arrepender deles, mas me tornaram quem eu sou. Fui uma emo-cult. Achava bonito sofrer e me sentia a maior das amantes por querer o que e quem não me queria.

Hoje eu quero mais é ser leve e feliz............. deixa a vida ser como é.





4 comentários:

  1. Oi!
    Um amigo esses dias entrou em uma discussão numa dessas mesas aleatórias de bar e um ponto que ele levantou foi 'já tenho trinta anos e agora só quero ser leve'. É engraçado o quanto a gente cava mais os problemas quando somos imaturos, né? Eu sinto muito isso em mim, com 19 anos. [e muito medo de me ver com 21]
    É bom saber que existem pessoas com esses medos iguais aos meos. [não por vaidade, mas por não me achar tão estranha.]

    Paz e bem!

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Se você tem medo do amor, você tem coragem do quê ?

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